10 abril, 2009

ALEGORIA SOBRE O NASCIMENTO DA PÁSCOA-IV


IV-A ORDEM DE PARTIDA

Com voz forte, Moisés gritou: Este é o momento de iniciar a grande viagem da libertação.
Temos de ser fortes, acrescentou, pois a liberdade é uma conquista.

Deus está connosco, mas não está em nosso lugar. O Senhor apenas fará aquilo que nós não formos capazes de fazer.

Temos de enfrentar provas muito difíceis como atravessar o Mar Vermelho, enfrentar o perigo dos muitos escorpiões e serpentes que abundam no deserto.

Depois acrescentou: temos de sofrer o tormento da sede, pois no deserto a água nunca abunda.

Temos de ser solidários. Devemos dar-nos as mãos nos momentos difíceis, a fim de sermos mais fortes.

Não nos esqueçamos de que a tarefa da libertação só é possível se as pessoas forem amigas, leais e fraternas.

Depois destas recomendações, Moisés deu o sinal da partida. A viagem foi difícil e longa. O povo hebreu demorou quarenta anos a chegar à terra que Deus lhes tinha prometido.

Por fim, os filhos de Abraão chegaram ao seu destino. Muitos séculos depois, Deus visitou de novo a terra prometida através do seu Filho, o qual veio como Messias, isto é, o Salvador Prometido.

Jesus Cristo em nome de Deus para realizar uma Páscoa mais perfeita. Na Nova Páscoa, Deus realiza para a Humanidade uma libertação total.

Ao morrer e ressuscitar, Jesus Cristo inaugura a Páscoa da Nova Aliança, a qual inicia a marcha da divinização do Homem.

Através de Cristo, Deus concedeu à Humanidade o grande dom do Espírito Santo que nos proporciona a Vida Eterna.

Graças ao dom do Espírito Santo, a Salvação ficou ao nosso alcance. São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).

O povo de Deus, agora, passa a ser constituído por gentes de todas as raças, línguas, povos e nações da terra.

E foi assim que a Humanidade passou a fazer parte da Família de Deus. A Ceia Pascal, agora, deixou de ser o cordeiro imolado, para ser o próprio Jesus Cristo que se dá a todos nós como alimento da vida eterna.

Jesus inaugurou a Páscoa da Nova Aliança, dando-nos partilhando connosco a força ressuscitadora do Espírito Santo, fazendo de nós uma Nova Criação:

“Se alguém está em Cristo é uma Nova Criação. Passou o que era velho. Tudo isto vem de Deus que nos reconciliou consigo em Cristo, não levando mais em conta os pecados dos homens” (2 Cor 5, 17-19).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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