Estamos talhados para comunicar na verdade. Mas como a verdade não é evidente, a fé facilita enormemente a comunicação das pessoas.
Na verdade, estamos constantemente a comunicar experiências ou factos que não são evidentes, não podem ser comprovados e, no entanto, as pessoas aceitam as experiências ou vivências que comunicamos como verdadeiras.
Por outras palavras, se as pessoas exigissem umas às outras a comprovação daquilo que comunicam e não é evidente, as relações humanas tornavam-se impossíveis.
No seu sentido mais amplo e pleno, a verdade é o que está de acordo com a realidade de Deus, do Homem da História e do Cosmos.
Neste sentido pleno, só Deus possui a verdade, pois só ele conhece a realidade total das coisas.
Podemos dizer que a pessoa humana possui a verdade na medida em que compreende e enuncia de modo adequado e correcto a realidade de Deus, do Homem, da História e do Cosmos.
É por esta razão que o Novo Testamento diz que o Espírito Santo, como fonte da Verdade, vai conduzindo as pessoas de modo gradual e progressivo para a verdade plena.
Por outras palavras, o Espírito Santo é o Espírito da Verdade, diz Jesus no evangelho de São João:
“Quando ele vier, o Espírito da Verdade, há-de conduzir-vos para a Verdade Plena” (Jo 16, 13).
Por possuir a plenitude da Palavra, Jesus chama-se a Verdade: “Eu sou a Verdade, o Caminho e a Vida” (Jo 14, 6).
O evangelho de São João diz que a Palavra de Deus é a verdade (Jo 17, 17). Além disso, a Verdade que brota da Palavra de Deus liberta as pessoas.
Por outras palavras, os que acolhem a Palavra de Deus, diz Jesus, pertencem à Verdade e a Verdade os tornará livres (Jo 8, 31-32).
A transparência é a calda para a verdade crescer e se fortalecer, pois a Verdade não se coaduna com as águas turvas.
Eis as palavras de Jesus: “Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não” (Mt 5, 37).
Calmeiro Matias
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