18 outubro, 2009
O REINO DE DEUS COMO INTERIORIDADE
Ao ressuscitar, Jesus passou da face exterior da realidade para a sua face interior, ficando a relacionar-se connosco a partir de dentro.
A dimensão interior é a interioridade máxima da realidade, o ponto de encontro e comunhão da Humanidade com a Divindade.
A casa de Deus é um campo espiritual contínuo de interacções e que é o ponto de encontro onde se realiza o face a face com Deus, como Jesus diz no evangelho de São João:
“Não vos deixarei órfãos, pois eu voltarei a vós (…). Nesse dia compreendereis que eu estou no meu Pai, vós em mim e eu em vós” (Jo 14, 18-20).
Ser assumidos neste face a face com Deus significa ser integrado dfe modo orgânico na Família da Santíssima Trindade.
Este face a face no interior da realidade é o coração da comunhão universal de todas as pessoas a que damos o nome de Comunhão dos Santos e da qual também fazem parte todos os nossos seres queridos que já passaram da faceexterior da realidade, para a sxua face interior.
Nesta Comunhão intereior e Universal as pessoas vivem nas coordenadas da universalidade e da equidistância.
Isto quer dizer que na comunhão familiar do Reino de Deus as pessoas estão todas presentes umas às outras, pois já não há distância nem afastamento.
Quando dizemos que o Filho Eterno de Deus, pela Encarnação veio até nós, estamos a afirmar, não que ele se tenha deslocado.
Na realidade tudo se passou entre a interioridade espiritual humana de Jesus e a interioridade divina do Filho de Deus, as quais passaram a interagir de modo directo pelo Espírito Santo.
No momento da ressurreição de Jesus, esta comunhão humano-divina que existia no coração de Jesus, universalizou-se (Jo 7, 37-39).
E foi assim que o Reino de Deus passou para o nosso interior, pois o sangue Jesus ressuscitado, isto é, o Espírito Santo, passou a circular nas “veias” da nossa interioridade espiritual.
São Paulo explicita este mistério, dizendo que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Esta dinâmica interior do Reino de Deus é explicitada de modo sacramental pela Eucaristia:
“Quem como a minha carne e bebe o meu sangue
tem a viva eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele.
Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também aquele que me come viverá
por mim” (Jo 6, 54-57).
Em Comunhão Convosco
calmeiro Matias
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