IV-A FIDELIDADE E O PODER DE DEUS
São Paulo garante aos Coríntios que o Deus que os chamou para a salvação é fiel: “Não sofrestes nenhuma tentação além das que são comuns aos mortais.
Deus, que é fiel, não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças. Quando fores tentado, Deus suscitará um modo de sair da tentação, a fim de a venceres” (1 Cor 10, 13).
Na segunda carta aos Tessalonicenses São Paulo volta a insistir neste ponto: “Deus é fiel e, portanto, podes confiar que ele te fortalecerá e te protegerá do mal” (2 Tes 3, 3).
Ser fiel, na bíblia, significa manter-se firme, ser digno de confiança. O homem que se mantém fiel à aliança de Deus receberá como prémio as bênçãos de Deus e a plenitude da vida:
“O Senhor respondeu: muito bem, servo bom e fiel! Uma vez que foste fiel em pequenas coisas, vou conceder-te domínio sobre coisas grandes.
Vem e partilha a felicidade do teu Senhor” (Mt 25, 23). A fidelidade de Deus, diz a Carta aos Hebreus, manifesta-se no facto de ele manter inalterável a sua aliança e o seu amor para connosco.
“Conservemo-nos firmes na esperança, pois aquele que fez a promessa é fiel” (Heb 10, 23). A fidelidade de Deus é maior que o nosso pecado. Por outras palavras, nem o pecado dos homens consegue anular a fidelidade de Deus, como diz o profeta Jeremias:
“Israel e Judá não foram esquecidos pelo Deus Altíssimo, apesar de a sua terra estar cheia de culpa e iniquidade diante do Santo de Israel” (Jer 51, 5).
A Segunda Carta a Timóteo diz que, apesar das nossas infidelidades, Deus continuará a ser fiel, pois não pode negar-se a si mesmo (2 Tim 2, 13).
É por este mesmo Espírito que somos incorporados na família de Deus como filhos em relação a Deus Pai e irmãos em relação ao Filho de Deus (Rm 8, 14-17).
É por esta a razão que temos de nascer de novo como diz o evangelho de São João (Jo 3, 3).
O novo nascimento acontece pelo Espírito Santo, condição para fazermos parte da família de Deus (Jo 3, 6).
São Paulo não se cansa de afirmar a fidelidade de Deus graças à qual estamos salvos: “Aquele que nos confirma juntamente convosco em Cristo é Deus.
Foi ele que nos marcou com o seu selo e colocou em nossos corações o penhor do Espírito Santo” (2 Cor 1, 21-22).
O profeta Jeremias, chocado com a infidelidade do Povo, anuncia uma Nova Aliança, a qual não assenta em leis ou preceitos, mas na comunicação do Espírito Santo:
Não será como a aliança que estabeleci com seus pais, quando os tomei pela mão para ao fazer sair da terra do Egipto, Aliança que eles não cumpriram, apesar de eu ser o seu Deus, oráculo do Senhor.
Esta será a Aliança que vou estabelecer naqueles dias com a casa de Israel, oráculo do Senhor: imprimirei a minha lei no seu íntimo e gravá-la-ei no seu coração. Serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Ninguém precisará de ensinar o seu próximo dizendo: conhece o Senhor, pois todos me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno.
A todos perdoarei as suas faltas e não mais lembrarei os seus pecados” (Jer 31, 31-34).
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