III-DEUS COMO NOVIDADE PERMANENTE
Isto quer dizer que o Filho está eternamente a ser gerado nesta reciprocidade em que o Pai se encontra como Pai e o Filho como Filho.
Face à novidade constante do amor de Deus Pai, o Filho Eterno de Deus exprime o seu amor filial de maneira sempre nova.
Deus Pai ama com amor ágape, isto é, como doação incondicional, a qual não é motivada por qualquer outra doação prévia.
Por outras palavras, o amor paternal de Deus Pai não é precedido de qualquer outro estímulo amoroso.
Por seu lado, o Espírito Santo, com seu jeito maternal de amar, encontra-se no coração da comunhão trinitária.
Na verdade, se Deus é uma comunhão trinitária, então o coração de Deus é um dinamismo relacional.
Por isso o modo de ser do Espírito Santo é inspirar novidade permanente na comunhão do Pai e do Filho.
O mesmo acontece na comunhão entre Deus e o Homem. É isto que São Paulo quer dizer quando afirma que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
A bíblia diz que Deus é amor e que o modo de o conhecermos em profundidade é começarmos a amar (1 Jo 4, 7-8).
Agora podemos compreender melhor com a oração ao jeito de Cristo tem de ser sempre uma oração feita no Espírito Santo.
Isto significa que o conhecimento de Deus implica oração e comunhão com Deus e os irmãos. Eis o que a este propósito diz a primeira carta de São João:
“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus. Quem não ama não pode conhecer a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4, 7-8).
O conhecimento de Deus é acima de tudo uma actividade do coração.
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