Deus não é uma fórmula matemática para ser teoricamente equacionada. Também não é uma espécie de tabuada que possamos memorizar para repetir mais tarde.
O Deus bíblico define-se como aquele que é, isto é, Alguém que está sempre a ser: “Deus disse a Moisés:
“Eu sou aquele que sou”. E acrescentou: “Dirás aos filhos de Israel: “ O Eu Sou manda-me a vós!” (Ex 3, 14).
Se Deus é um “Eu Sou”, isto quer dizer que é um Deus que está sempre a ser. Isto quer dizer que Deus é “um sempre presente” e nunca foi ou será “um passado”.
Olhando Deus a partir do ponto mais alto da revelação verificamos que Deus é não apenas um sujeito infinito, mas também uma comunidade familiar de três pessoas.
Podemos dizer que a Divindade é uma emergência permanente de três pessoas de perfeição infinita em convergência total de comunhão amorosa.
Na História da revelação, a Santíssima Trindade é, na verdade, o ponto de chegada, não o ponto de partida.
Deus revelou primeiro a sua unicidade de natureza: Há um só Deus. Mas à medida que o seu rosto ia definindo melhor, a realidade de Deus revela-se como comunhão de amor.
Isto quer dizer que o Deus da revelação não é um sujeito isolado, mas uma comunhão de pessoas.
Calmeiro Matias
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