04 dezembro, 2008

MARIA NO NOVO TESTAMENTO-III

III-MARIA NO TEMPLO

Os evangelhos da infância, isto é, os dois primeiros capítulos dos evangelhos de São Lucas e São Mateus, não são relatos históricos.

Se os compararmos vemos como são totalmente diferentes e até contraditórios. Trata-se de um procedimento corrente no mundo bíblico chamado “midrash”.

O “midrash” é um texto com uma intenção teológica bem definida: Elaborar o retrato do personagem em causa e da missão que Deus lhe vai confiar.

As maravilhas ligadas ao nascimento ou infância do personagem em causa indicam os planos que Deus tem para ele.

Os evangelhos da infância são um midrash. Isto quer dizer que a sua elaboração tem a função pedagógica de apresentar de Jesus e a missão que Deus lhe vai confiar.

Vejamos o encontro com o velho Simeão: Maria foi ao templo para fazer a apresentação do seu filho ao Senhor.

Nesse momento aparece um ancião chamado Simeão, homem justo e piedoso, o qual esperava a consolação de Israel.

Simeão estava cheio do Espírito Santo (Lc 1, 25). Inspirado pelo Espírito Santo, toma o menino nos braços e exclama:

“Agora, Senhor, tal como me disseste, deixa partir este teu servo em paz. Os meus olhos viram a salvação que ofereces a todos os povos e que é a luz que se vai revelar às nações. Ele é a glória de Israel teu povo”.

Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria sua mãe:

“Este menino será um sinal de contradição. Será causa de queda e ressurgimento de muitos em Israel.

Uma espada trespassará o teu coração e assim se revelarão os pensamentos de muitos corações” (Lc 2, 29-35).

Naturalmente que um texto destes foi escrito depois da vida, morte e ressurreição de Jesus.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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