II-JESUS E A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO
Na parábola do Filho Pródigo São Lucas descreve de modo magnífico o jeito surpreendente de Deus se aproximar do pecador e de o libertar do seu pecado.
De modo genial, a parábola descreve em dois versículos a viragem fundamental do coração humano, quando este se dispõe a acolher o perdão de Deus:
“Levantar-me-ei, vou ter com meu Pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não sou digno de ser chamado teu filho, por isso trata-me como um dos teus servos” (Lc 15, 18-19).
Dizendo isto de si para consigo, o Filho Pródigo põe-se a caminho, dispondo-se a acolher a misericórdia de Deus.
Com grande espanto, o filho pecador apercebe-se de que, afinal, quem toma a iniciativa do perdão e da comunhão é o Pai que o estava esperando de braços abertos (Lc 15, 20-21).
Nesta parábola, Deus Pai aparece como o Pai bondoso que nos propõe o seu amor incondicional.
Todos os dias aquele Pai subia à colina para ver se o filho que ele amava de modo incondicional estaria procurando o lar paterno.
E as intuições do amor concretizaram-se, diz São Lucas: “Quando ainda vinha longe, o Pai viu-o e enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos (Lc 15, 20).
São Lucas diz que a missão de Jesus é um serviço ao amor incondicional de Deus Pai. Eis a maneira como ele descreve a descoberta que Jesus fez desta sua missão:
“Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:
“ O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres.
Enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista.
Enviou-me a libertar os oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor”. Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se.
Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou então a dizer-lhes: “Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4, 16-21).
Jesus compreendeu que a sua missão era destruir o pecado, não os pecadores.
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