21 dezembro, 2009

CHAMADOS A REINAR COM CRISTO

A realeza de Jesus Cristo assenta no facto de ele ser a Cabeça da Nova Humanidade reconciliada com Deus (2 Cor 5, 17-19).

São Paulo dizia Jesus Cristo é o descendente que Deus prometeu a David: “Ele é filho de David segundo a carne (Rm 1, 3).

Mas foi constituído Filho de Deus, isto é, rei glorioso no momento da sua ressurreição de entre os mortos (Rm 1,4-5).

É um rei que nunca se impõe pela força e em cujo reino apenas existe uma Lei:
“Dou-vos um mandamento novo:”Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei.” As pessoas saberão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 34-35).

Isto quer dizer que o poder de Jesus é o poder do amor. Por outras palavras, Jesus só aceita reinar se reinar connosco.

Na verdade o amor propõe-se, mas nunca se impõe. O amor é uma dinâmica de bem-querer que tende para a comunhão e a partilha total.

Por isso Jesus partilhou a sua realeza connosco, como diz a Primeira Carta como diz a Primeira Carta de São Pedro:

“Vós, porém, sois um povo escolhido, sacerdócio santo, povo de reis, povo reunido e adquirido, a fim de proclamardes as maravilhas do Deus que vos chamou das trevas para a sua luz admirável” (1 ped 2, 9).


Por isso o seu reino tem apenas um mandamento. Eis as palavras de Jesus:
“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13).

Quando a força de um reino é o amor, todos reinam, pois o amor é comunhão e partilha.
Antes de morrer, Jesus dizia que o Reino de Deus estava no meio das pessoas (Lc 17, 21).
De facto, enquanto Jesus viveu na terra, o Reino de Deus ou seja, a comunhão orgânica do humano com o divino estava a emergir apenas no interior de Jesus.

Como Jesus vivia no meio dos homens, o Reino que estava a emergir no seu interior, estava realmente no meio das pessoas.

Mas no momento da sua morte e ressurreição, Jesus passou para as coordenadas da interioridade máxima e da equidistância ficando mais interior a nós que nós próprios.

Deste modo, ao ressuscitar, Jesus uniu-nos de modo orgânico ao mistério da Santíssima Trindade.
A partir desse momento, o Reino de Deus passa a emergir no nosso íntimo como antes emergia no interior de Jesus.

Por outras palavras, com a ressurreição de Jesus o Reino de Deus passou para a interior máxima do Universo que é a morada de Deus.Com efeito, a morada de Deus é um campo espiritual contínuo de interacções amorosas, o qual constitui a interioridade máxima do Universo.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias





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