29 setembro, 2009

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO EM SÃO JOÃO-II

II-JESUS VEM PARA SALVAR, NÃO PARA CONDENAR

Jesus vem, pelo Espírito, para conduzir os eleitos Deus para a casa do Pai: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, ter-vo-lo-ia dito.

Vou preparar-vos uma morada. Depois de ter ido e vos ter preparado essa morada, virei outra vez e levar-vos-ei comigo” (Jo 14, 2-3).

O juízo é realizado pelo Espírito Santo no coração das pessoas. Isto quer dizer que o coração é o ponto de encontro com a verdade de Deus e do Homem:

“O Espírito da verdade que procede do Pai dará testemunho de mim” (Jo 15, 26b).O Espírito é a garantia da nossa união com Deus e da nossa salvação:

“Deus é Amor. Quem permanece no Amor permanece em Deus e Deus permanece nele. O Seu Amor é perfeito para connosco, a fim de que estejamos confiantes no dia do juízo (...).

No amor não há temor, pois o Amor, quando é perfeito, lança fora o temor. O temor pressupõe o castigo. O que teme não é perfeito no amor» (1Jo 4, 16b-18).

A condenação acontece apenas para os que se fecham ao dom de Deus:

“Quem acredita no Filho de Deus não é condenado. Quem não acredita nele já está condenado (...).
A causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz. Isto porque as suas obras eram más” (Jo 3, 18-19).

O juízo já está acontecer, pois o Senhor já difundiu o Espírito Santo:

“Agora é que se realiza o julgamento do mundo. É agora que o príncipe deste mundo é expulso” (Jo 12, 31).

Deus não anda à procura de razões para condenar as pessoas. Se assim fosse estávamos todos condenados.

Pelo contrário, antes de nós o amarmos já ele nos amava e sonhava com um plano salvador para todos nós.

Eis as palavras da Primeira Carta de São João: “Nós amamo-lo porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4, 19).

A verdade do juízo de Deus está precisamente nesta interacção: amor a Deus, amor aos irmãos:

“Se alguém disser: “Amo a Deus, mas odiar o seu irmão, é mentiroso”. Quem não ama o irmão que vê não pode amar a Deus a quem não vê” (1Jo 4, 20).

A missão de Cristo, diz o evangelho de São João, não é condenar, mas salvar o Homem:

“Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou eu que o condeno, pois eu não vim para condenar o mundo, mas para o salvar” (Jo 12, 47).

No último dia, o homem será confrontado com a verdade da mensagem e com o modo como a aceitou ou a rejeitou:

“Quem me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o condene. A mensagem que anunciei é que há-de condená-lo no último dia” (Jo 12, 48).

Confrontar-se com a mensagem de Jesus é confrontar-se com o Espírito Santo que habita no íntimo do nosso coração:

“Quando vier o Espírito da Verdade, guiar-vos-á para a verdade total. Ele não falará de si mesmo. Dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á o que há-de vir.

Glorificar-me-á porque há-de receber do que é meu para vo-lo anunciar” (Jo 16, 13-14).

Ao ressuscitar, Jesus oferece ao Homem o maior de todos os dons, isto é, a possibilidade de participar na comunhão universal da Família de Deus.

Glorificar-me-á porque há-de receber do que é meu para vo-lo anunciar” (Jo 16, 13-14).

Em Jesus ressuscitado Deus oferece ao homem o maior de todos os dons, isto é, a possibilidade de participar na comunhão universal do Reino que é o mesmo que pertencer à Família de Deus.

A Salvação, portanto, é um dom. Isto quer dizer que o Homem pode aceitá-lo ou não. De outro modo não seria um dom, mas uma imposição.

O juízo de Deus joga-se nesta opção fundamental que determina a salvação ou a perdição da pessoa.

Por outras palavras, Deus não condena ninguém. As pessoas que vão para a morte eterna condenam-se por sua própria decisão.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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