07 julho, 2009

AO MORRER, CRISTO RESTAUROU A NOSSA VIDA-I

I-A RESSURREIÇÃO COMO VITÓRIA SOBRE A MORTE

Com o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, a humanidade deu um salto qualitativo:

Os seres humanos passaram de não divinos a pessoas divinizadas, isto é, organicamente assumidas e incorporadas na comunhão familiar da Santíssima Trindade.

Este salto de qualidade aconteceu no próprio momento da morte e ressurreição de Jesus sobre a cruz.

Ao morrer, Jesus Cristo venceu a morte não apenas para si como também para nós. Enquanto, sobre a cruz, ia morrendo o que no homem é mortal, o imortal ia sendo glorificado e incorporado na comunhão familiar de Deus Pai com o Filho Eterno de Deus e o Espírito Santo.


Isto quer dizer que ao acabar de morrer, Jesus estava plenamente ressuscitado. Ao morrer o último elemento do que no Homem é mortal, o imortal estava totalmente ressuscitado, isto é, assumido e incorporado em Deus.

O processo de morrer em Jesus Cristo correspondeu exactamente ao processo do parto mediante o qual nasceu o Homem Novo glorificado e assumido em Deus.

Isto significa que Jesus venceu a morte no próprio acto de morrer. Referindo-se à oração de Jesus no Jardim das Oliveiras, a Carta aos Hebreus diz que Cristo fez orações àquele que o podia libertar da morte e foi atendido, devido à sua piedade (Heb 5, 7).

Deus libertou Jesus da morte ressuscitando-o, afirma a Carta aos Hebreus. Mas se a ressurreição fosse algo posterior ao acto de morrer, Jesus não tinha vencido a morte.

Mas a Carta aos Hebreus diz que Jesus pediu ao Pai que o libertasse da morte e foi atendido.

Esta libertação deve ser entendida como uma vitória de Jesus sobre a própria morte. Isto quer dizer que a ressurreição de Jesus é um processo simultâneo ao próprio processo de morte.

Por outras palavras, Jesus não esteve um só momento sob o domínio da morte. O protagonista desta vitória de Cristo sobre a morte foi o Espírito Santo.

Graças ao dinamismo ressuscitador do Espírito Santo, o Senhor da vida não ficou um só segundo sob o domínio da morte.

Podemos dizer com a liturgia pascal: “Morrendo, Jesus destruiu a nossa morte. Ressuscitando, restaurou e conduziu à plenitude a nossa vida.

Em comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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