Procuremos ter presente o facto de pertencermos à Família de Deus na medida em que procuramos criar laços de fraternidade com as outras pessoas.
Com efeito, a nossa pertença à família de Deus acontece na medida em que formamos uma comunhão orgânica e dinâmica com as outras pessoas.
Se nós só podemos fazer parte da Família de Deus em comunhão com os outros, então temos de construir um coração fraterno e aberto à comunhão com eles.
Como Sabemos, a Família de Deus não assenta nos laços do sangue, mas sim nos laços de comunhão com o Espírito Santo.
Nos grupos de convívio ou de vivência da Fé é importante mostrarmo-nos abertos a novas formas de pensar e caminhar em grupo.
Tomar consciência de que preciso dos outros. De facto, ninguém é bom em tudo.
Por isso há uma grande diversidade de talentos e carismas, dons e ministérios na comunidade.
A maneira mais profunda de amar é deixar que os outros se realizem com as suas diferenças.
Na verdade, nós não somos a medida dos demais, pois cada pessoa é única, original e irrepetível.
Ao encontrarmos pessoas que fazem do amor fraterno o centro da sua vida, demos graças a Deus, pois estas pessoas são um tesoiro inestimável.
Conviver com pessoas assim é um privilégio, pois capacitam-nos para crescermos como pessoas livres, conscientes, responsáveis e capazes de reciprocidade amorosa.
Tomemos consciência de que na questão da fraternidade o fundamental é eleger o outro como alvo de bem-querer, a atitude primeira para construir o amor.
O amor é, na verdade, a dinâmica do crescimento pessoal e da comunhão fraterna.
Deus é uma comunhão amorosa. A bíblia diz que Deus é amor (1 Jo 4, 7-8).
A nível humano o amor surge como uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a fraternidade universal.
Um coração é fraterno quando é capaz de eleger os outros como irmãos, procurando aceitá-los como são e agir de modo a facilitar a sua realização e felicidade.
Calmeiro Matias
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