Como realidade condensada na vida, o tempo adquire um valor especial nessa unidade mais vasta a que damos o nome de ano.
O ano imprime as suas impressões digitais nas pessoas, ao ponto dos outros poderem ler em nós, e nós neles, os vestígios dessas impressões digitais.
É por isso que ao cruzarmo-nos com uma pessoa na rua, apercebemo-nos de modo natural e espontâneo se é um ser humano com cerca de vinte anos ou, se pelo contrário, tem quarenta, ou setenta.
Apesar de nos podermos enganar, a margem de erro é relativamente pequena. Também a Natureza, como mãe da vida, é harmoniosamente moldada pelo tempo em ciclos anuais.
Em cada ano, ela se veste para nós em tons de Primavera, Verão, Outono ou Inverno. O tecido físico da matéria e a marcha da História Humana também se estruturam com a dinâmica do tempo.
Quando queremos olhar a realidade com horizontes mais amplos, nós juntamos os anos em séculos ou milénios, a fim de medirmos melhor a acção do tempo no tecido da matéria ou no evoluir da História.
Se queremos medir o tempo dos circuitos e interacções dentro do sistema solar temos ainda o mês lunar ou o ano solar.
Além disso, os peritos também sabem medir em séculos ou milénios as marcas que os anos foram imprimindo na estrutura da matéria e na evolução histórica das Humanidade.
Ao nível das grandes dimensões cósmicas, os cientistas utilizam essa unidade imensa que é o ano-luz.
Os astrofísicos conseguem calcular os milhões ou triliões de quilómetros que nos separam das diversas estrelas através dessa unidade de medida gigante que é o ano-luz.
Calmeiro Matias
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