28 abril, 2007

A FÉ VENCE O MEDO



Deus Santo,

Obrigado porque o medo deixa

de habitar o coração dos

que começam a tomar-vos a sério.



Quando começamos a acreditar

que o Espírito Santo está em nós

e actua por meio de nós,

o medo começa a desaparecer.


Quando começamos a fazer render

os talentos queVós nos dias,

Deus Santo, começam

a acontecer-nos coisas maravilhosas.


Os nossos talentos são

capacidades para nos realizarmos

e facilitarmos a realização dos outros.
Eis a razão pela qual Jesus nos pede

para sermos fieis aos talentos que possuímos.


Deus Santo,

quero ser agradecido,

realizando e partilhando com alegria

os dons que tenho recebido

de vós e dos irmãos através de vós.


Reconheço, Deus Santo,

o vosso amor generoso para comigo.
Por isso quero mostrar a minha gratidão

partilhando com os irmãos os dons que recebi.


Quero proclamar

a força libertadora que existe na partilha.
Pouco a pouco a vida

ensinou-me esta verdade importante:



Aquilo quer partilho nunca me fará falta.
Agora compreendo, meu Deus,

que me destes os dons que possuo,

a fim de eu ser administrador de algo

que é também fonte de felicidade

para os meus irmãos.


Dou-vos graças, Deus Bendito,

porque à medida em que vos fui conhecendo

melhor ia sentindo a alegria

e a segurança de que estou a caminhar,

não para o fracasso da morte

mas para a vitória da ressurreição com Cristo.



Quando começamos a meditar a vossa Palavra,

o medo deixa de ter morada no nosso coração.
Espírito Santo,

ensina-me a orar à maneira de Jesus,

a fim de que a minha vida

dê Frutos de vida como a sua vida deu.


Trindade Santíssima,

eu acredito que vós me tomais a sério

e quereis que eu faça parte da vossa família divina.



Por isso vos louvo:
Glória a ti Pai Santo!
Glória a ti, Filho Eterno de Deus!
Glória a ti, Espírito Santo!
Glória a ti, Jesus de Nazaré, Filho de Maria e nosso salvador!


Com uma saudação muito fraterna
Calmeiro Matias





21 abril, 2007

A PERFEIÇÃO INFINITA DE DEUS


Deus Santo,
Nós sabemos que sois

uma comunhão de três pessoas

infinitamente perfeitas.

Sabemos também que as relações existentes

entre as pessoas divinas são de tipo familiar.
Assim, nós acreditamos que a

primeira pessoa da Santíssima Trindade

ama de modo paternal e com densidade infinita

a pessoa de Deus Filho.

Acreditamos também que,

a segunda pessoa da Santíssima Trindade,

o Filho Eterno,

ama de modo filial a pessoa de Deus Pai.

O Espírito Santo

é a ternura maternal de Deus.

Com seu jeito maternal de amar

anima a comunhão de Deus Pai com Deus Filho,

tornando-se, deste modo,

princípio animador de relações e vínculo de comunhão amorosa.

Além das qualidades das pessoas divinas,

podemos considerar ainda

as qualidades de Deus enquanto divindade única, isto é,

comunhão de três pessoas.

A nossa Fé fala-nos de algumas

qualidades de Deus, enquanto Divindade única,

a qual é uma comunhão trinitária:
Grandeza infinita.

Eternidade.

Conhecimento perfeito de todas as coisas

e presença a todo o Universo.

Deus é Amor infinito

que atinge tudo e todos (cf. 1 Jo 4, 7-8; 4,16).
Na verdade,

as pessoas divinas não têm limitações

nem imperfeições.

Além disso,

Deus é Eterno.

Nnunca houve um tempo

em que as pessoas divinas não existissem.

Como comunhão das três pessoas,

a divindade existiu, existe e existirá sempre.
As pessoas humanas,

ao contrário das divinas,

não existem desde sempre.

Nós sabemos que vós, Deus Santo,

sois Amor.

Ora, o amor é criativo por natureza,

pois nunca se repete.
Isto quer dizer que uma das vossas perfeições infinitas

é a capacidade de criar de modo permanente.


O amor é uma dinâmica

de bem-querer que tem

como origem as pessoas e

como meta a comunhão.

Como comunhão de amor infinitamente perfeita,

Vós sois, Senhor Deus, a fonte original do Amor.


Eis a razão pela qual V ós sois a origem

de Vós mesmo Deus Bendito.

Na verdade,

o amor tem a capacidade de se auto gerar,

pois alimenta-se a partir de si.

A vossa natureza,

por ser amor,

é relacional e comunitária.
Sois comunhão infinitamente perfeita.


A nossa Fé fala-nos ainda de

uma outra perfeição infinita de Deus:

a vossa capacidade de conhecerdes

de modo perfeito de todas as coisas.

Isto compreende-se,

pois Vós sois o Criador de tudo quanto existe.
Os Actos dos Apóstolos dizem

que Deus conhece de modo perfeito

o conjunto das suas criaturas (Act15,18).

Por seu lado,

a Carta aos Hebreus diz que

todas as coisas estão presentes

aoolhar de Deus (Heb 4, 13).

Consciente da vossa sabedoria e

do vosso comhecimento infinitos,

o profeta Isaías diz que ninguém

ensina nada a Deus,

pois Ele conhece tudo (Is 40, 13, 14).

Além de conhecerdes as vossas criaturas,

Vós estais presente a Todas elas.
Eis a razão pela qual

nós dizemos que Deus é omnipresente.

Isto quer dizer que,

seja qual for o lugar onde nos encontremos

podemos dizer: “Deus está aqui”.

De facto,

Vós sois a realidade que

se encontra mais perto de nós,

pois habitais no íntimo dos nossos corações.

Por isso, quando subimos

a uma montanha muito alta,

não podemos dizer que

estamos mais perto de Deus.

Do mesmo modo,

quando descemos a um vale muito profundo,

não ficamos mais distantes de Vós.
A única realidade que nos distancia

infinitamente de Deus é o pecado mortal, isto é,

a oposição sistemática e incondicional ao amor.

Podemos dizer com toda a verdade

que nenhum ponto do Universo está mais perto Vós,

Senhor nosso Deus,

pois sois um Deus

presente a tudo e a todos,

amando-os infinitamente.

Por serdes o Emanuel, isto é,

o Deus connosco,

ninguém precisa de gritar alto

para se fazer ouvir de Vós.


Além disso,

nós sabemos,

Deus Pai,

Deus Filho

e Deus Espírito Santo,

que estais de modo especial,

onde estiver um ser Humano.

Glória a Vós,

pois temos a certeza de que nunca estamos sós!



Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

11 abril, 2007

RESSUSCITAR COM CRISTO



Senhor Jesus Ressuscitado,
Tu és o Senhor da Vida,
pois venceste a morte.

Como amaste incondicionalmente,
não podias terminar no vazio do sem sentido e da morte.

No momento da tua ressurreição
a tua condição humano-divina
passou a ser partilhada por todos os homens.
O Espírito Santo foi a força ressuscitadora que,
no alto da cruz, actuou em ti,
introduzindo-te na glória do Pai.

À medida em que morria em ti o que no homem é mortal,
o que é imortal ia sendo glorificado e incorporado
na Comunhão da Santíssima Trindade.
Deste modo,
ao morrer o último fragmento do que em ti era mortal,
a tua dimensão espiritual humana
estava plenamente glorificada e assumida na Comunhão Divina.

Não estiveste um só momento sob o domínio da morte,
pois no próprio acto de morrer,
o Espírito Santo venceu em ti,
e para todos nós,
o fracasso da vida e o vazio da morte.

Referindo-se à tua oração no Jardim das Oliveiras,
quando pediste ao Pai para te livrar da morte,
a Carta aos Hebreus diz o seguinte:
“Nos dias da sua vida terrena, Jesus,
com grande clamor e lágrimas,
apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte.
E foi atendido em atenção à sua piedade” (Heb 5, 7).

Senhor Jesus ressuscitado,
Por seres homem connosco,
nós fazemos um todo orgânico contigo e,
através de ti,
já pertencemos à Família da Santíssima Trindade.
Como és o ponto de encontro do humano com o divino,
tu és, Jesus Cristo,
o único medianeiro da salvação.
Como vives em todos nós,
a tua vida é já nossa para sempre,
pois dás-nos o Espírito Santo,
a pessoa divina que anima em nós a vida de Deus.

Pela tua ressurreição
tu nos deste a semente da vida nova,
isto é,
o Espírito Santo,
o qual se tornou,
como diz São Paulo,
o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).

Jesus Cristo ressuscitado,
Tu és o selo da Nova e Eterna Aliança,
pois em ti,
a Humanidade e a Divindade
são já inseparáveis para sempre.

Graças a ti,
nós já estamos salvos,
pois fazemos uma união orgânica contigo.
Nós somos,
na verdade,
os ramos da videira cuja cepa és tu (Jo 15, 1-7).

Glória a ti, Jesus ressuscitado!




Em comunhão Convosco
Calmeiro Matias

05 abril, 2007

A Ousadia que se tornou Caminho

Jesus, pela lucidez do Espírito Santo que te habitava foste compreendendo que estavas chamado a mais do que pertencer ao Resto Fiel do seu Povo.

Inspirado pelo Espírito Santo e ajudado pela mediação dos teus Pais, dos Profetas do Antigo Testamento e de João Baptista, sentiste-te chamado a ser construtor desse Resto Fiel.

Mas ainda não tinha terminado o caminho que o Espírito fazia contigo…

Depois da prisão de João, em vez de teres sentido medo, sentiste-te impelido à missão profética. O Espírito no teu íntimo, Aquele de quem virias depois a dizer que “conduz à compreensão de toda a Verdade”, revelou-te que a tua missão era mais que profética: era messiânica.

A esperança messiânica já estava profundamente alterada pela passagem dos séculos. Havia, no teu tempo, três perspectivas: um messianismo sacerdotal, um messianismo militar e um messianismo apocalíptico.
Não te sentiste chamado por Deus a realizar nenhum destes, e optaste conscientemente por um Messianismo Profético.

Assim começaste a percorrer a Palestina, proclamando a Boa Nova de um Deus-Abba, substituindo os Mandamentos estritos da lei pela lógica das Bem-Aventuranças, substituindo a observância ritual de normas pela construção do Reino de Deus, substituindo o legalismo pela compaixão fraterna e o culto pela misericórdia.

Homem Livre no Espírito, ousaste desafiar os “donos” da Verdade. Porque eras era servo dela, mas não servo deles!

A tua Bondade era profética, porque o acolhimento dos pecadores e as refeições com os impuros eram palavras muito fortes para os Doutores da Lei, Fariseus e Sacerdotes.

Assumiste as consequências máximas da Verdade, mesmo quando era difícil compreender qual seria o melhor caminho. A grande ousadia dos profetas é atirar-se de cabeça para a certeza de que Deus há-de arranjar uma solução vitoriosa para todas as suas lutas.

A tua grande ousadia não foi simplesmente o enfrentamento dos poderosos com listas intermináveis de “Ai de vós!”
Nem foram apenas as comparações depreciativas que deles fazias com os pecadores públicos e as prostitutas.
A tua grande ousadia não foi escolher como discípulos apenas homens mal preparados e pecadores públicos.
A grande ousadia não foi quebrar os preconceitos e as separações entre puros e impuros.
Nem sequer foi aquela entrada purificadora no Templo de Jerusalém em que tudo caiu pelo caminho…

A tua grande ousadia foi teres aceitado morrer por tudo isto! Essa sim, foi a grande ousadia: não teres virado as costas quando te deste conta de que a Hora da escolha definitiva chegara.
No Jardim das Oliveiras aconteceu a última oportunidade para voltares atrás, ou então terias que provar com a própria Vida tudo o que tinhas dito e feito. Tudo exige menos coragem e ousadia do que isto…

Era a tua Hora, com olhe chamou o teu evangelista João.
A tua grande ousadia aconteceu nesta Hora, quando decidiste definitivamente atirares-te de cabeça para o abismo da Fidelidade!

Atiraste-te de cabeça para a Fidelidade do Pai, e o Pai atirou-se de cabeça para a tua Fidelidade! Encontraram-se definitivamente “no outro lado da cruz”, no outro lado da morte que é a Ressurreição.
A Ressurreição é a morte vista por dentro!

Na tua fidelidade, Jesus, tornaste-te Caminho para a Fidelidade de Deus e selaste na tua Ressurreição a Nova e Eterna Aliança no Espírito Santo.

Bendito sejas, Senhor, pelo Dom da Vida em Abundância no Espírito Santo que inaugurou a Festa Humano-Divina do Céu e principiou uma Nova Humanidade!



ALELUIA

Tenho a certeza que este dia vai ser BOM!
Rui Santiago