04 junho, 2009

QUANDO DEUS IRROMPE NO SILÊNCIO-I

Era uma tarde muito bonita de primavera avançada.

O Pedro desceu até junto ao rio e sentou-se debaixo de um salgueiro.

Enquanto contemplava a colina verde e florida que ficava à sua frente, o Pedro começou a sentir uma paz e da qual irradiava uma alegria profunda.

Deixava o seu olhar divagar, contemplando, a colina colorida que conferia variedade ao horizonte.
Do seu íntimo mais profundo começou a brotar uma alegria geradora de paz e serenidade indescritível.

Saboreava a alegria de estar vivo e em comunhão com a natureza que o rodeava. De modo especial saboreava a fonte e a plenitude da vida que emergia, suavemente, no mais íntimo do seu ser.

Nesse momento, depois de fechar os olhos por um instante, o Pedro sentiu-se habitado por Deus.

De modo gradual e progressivo começou a contemplar a sua história, apercebendo-se de que, no mais íntimo de si, está o Espírito de Deus que o habita.

Ao dar-se conta da suave presença de Deus no seu coração, teve a intuição de que, orar, não é um monólogo esquizofrénico.

Sem quaisquer dificuldades começou a falar com Deus como um amigo fala com seu amigo.

Evitou palavras rebuscadas, a fim de não perturbar ou bloquear este diálogo.De repente sentiu-se exultar de alegria e compreendeu que a capacidade de saborear a presença de Deus é interior.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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