14 maio, 2008

O ESPÍRITO SANTO COMO FONTE DE ALEGRIA-III

III-ESPÍRITO SANTO E VIDA NOVA

O Espírito santo é a dinâmica do amor de Deus a actuar nos nossos corações. É o sangue divino a circular nas veias do nosso ser interior que, por ser espiritual, pertence à esfera do irreversível.

Podemos dizer que o Espírito Santo é o Sangue da Nova e Eterna Aliança. É a Água viva que faz emergir uma nascente de vida eterna no íntimo de cada ser humano (Jo 7, 37-39; 4, 14).

É a Carne e o Sangue de Cristo ressuscitado (J0 6, 62-63). É o Sangue a Água que jorrou do peito de Cristo no momento em que morreu e ressuscitou (Jo 19, 33-34).

O Espírito Santo é o sopro que saiu da boca de Jesus ressuscitado na sua primeira aparição aos discípulos:

“Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ficarão perdoados, mas àqueles a quem os retiverdes ficarão retidos” (Jo 20, 22-23).

O nosso Deus sonha e concretiza aquilo que sonha. O seu plano de Salvação, por ser histórico, está a ser concretizado hoje como ontem e amanhã como hoje.

Fazemos parte de um plano do amor de um Deus que nos ama incondicionalmente e por isso nos comunicou o dom do Espírito Santo que, no nosso coração é uma fonte permanente de alegria e fortaleza.

O Espírito Santo é a ternura maternal de Deus. Com o seu jeito maternal de amar prepara a plena reconciliação do Homem com Deus, fazendo de nós uma Nova Criação, como diz São Paulo:

“Se alguém está em Cristo é uma Nova Criação. Passou o que era velho. Tudo isto nos vem de Deus que nos reconciliou consigo em Cristo, não levando mais em conta os pecados dos homens” (2 Cor 5, 17-19).

O Espírito Santo dá-nos a certeza de que não estamos perdidos num Universo sem sentido e sem finalidade.

Pelo contrário, graças à acção maternal do Espírito Santo somos incorporados na Família de Deus como filhos e herdeiros de Deus Pai, bem como irmãos e co-herdeiros com o Filho de Deus (Rm 8, 14-17).

Deus, ao criar o Homem, não abandonou o abandonou logo no instante a seguir. A Criação brotou da Santíssima Trindade, Comunhão primordial, transcendente e anterior à marcha criadora do Universo.

Para iniciar a génese histórica do Homem em construção, Deus insuflou no interior do barro primordial o hálito da vida, dando origem ao impulso inicial da humanização.

Na plenitude dos tempos, graças à dinâmica da Encarnação, Deus deu origem à dinâmica da divinização da Humanidade, incorporação os seres humanos na comunhão da Família de Deus.

Deste modo, está garantida para o Homem a alegria total e definitiva.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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