Deus Santo,
Obrigado por não serdes um Deus violento,
nem gostares de sacrifícios humanos.
Logo no começo da História Bíblica vós vos revelastes a Abraão
como um Deus que não quer sacrifícios humanos.
Abraão foi um homem fiel que tomava o seu Deus muito a sério.
De tal modo ele gostava de vós, Deus Santo,
que decidiu dar-vos tudo, a fim de mostrar o seu amor por Vós.
Este desejo de dar tudo ao seu Deus levou Abraão
por-se a hipótese de vos sacrificar o seu filho Isaac.
Este era o sacrifício mais doloroso que ele poderia fazer.
Eis a razão pela qual ele pensou
que esta seria a melhor maneira de vos mostrar o seu amor.
E foi assim que Abraão começou a fazer planos
para realizar o sacrifício do seu filho.
No momento em que estava para consumar este sacrifício
Vós mandastes, Deus Santo, um anjo que lhe gritou,
dizendo para desistir do seu intento (Gn 22, 1-16).
E foi assim que Abraão compreendeu
que os sacrifícios humanos não vos agradam
e que vós nãop precisais de matar inocentes
para perdoardes aos homens.
Face à morte cruel de Jesus Cristo,
os primeiros cristãos não sabiam como justificar
este acontecimento que parecia indicar
que Vós, Deus Bendito,
não aceitastes as
pretensões messiânicas de Jesus.
Na verdade, naquele tempo,
as pessoas pensavam que tudo o que acontece
era decidido pontualmente por Vós, Deus Santo.
Foi esta a razão pela qual os cristãos começam
a pregar, dizendo que Jesus sofreu aquela morte cruel
porque vós o exigistes, a fim de poderdes
perdoar os pecados da Humanidade.
Este modo de ver distorceu a vossa imagem, Deus Santo.
Na verdade,
Vós não precisais de matar um inocente,
para perdoar aos pecadores.
Vós sabeis amar de modo incondicional e,
portanto,
sabeis perdoar de graça.
De facto, a vossa justiça
não é a justiça dos tribunais humanos,
mas sim a justiça do amor,
pois vós sois Amor, como diz a Bíblia (1 Jo 4, 7-8).
Como sois amor,
Vós só podeis aquilo que pode o amor.
A justiça do amor
é aquela que reina entre pais bondosos e seus filhos,
mesmo que estes, por vezes,
façam asneiras.
A justiça do amor é também aquela reina
entre o marido que ama a esposa
e a esposa que ama o seu marido.
Quando o casal recorre aos tribunais
para resolver os seus problemas ou dificuldades
é sinal que ali, o amor já morreu.
Vós sois, Deus Santo,
amor que não morre (1 Jo 4, 16).
Nós sabemos que um pai humano,
apesar de ser limitado,
é incapaz de matar o seu filho
para poder perdoar
ou satisfazer a sua sede de justiça.
Os pais humanos,
apesar de pecadores,
sabem perdoar de graça.
Jesus pregava dizendo que tu,
Pai Santo,
és amor incondicional.
Depois insistia,
dizendo que nós te devemos imitar,
procurando ser bondosos,
como tu, Pai Santo,
és bondoso (Lc 6, 36).
Jesus explicou aos seus discípulos
que deviam aprender a perdoar sempre.
Deviam exercitar a bondade,
a fim de serem perfeitos
como tu és perfeito (Mt 5, 48).
O próprio Jesus não perdoou
aos que oo mataram.
De facto, no momento de morrer,
ele pediu perdão para os seus assassinos.
Deus Santo,
O que vos agradou em Jesus
foi a sua fidelidade incondicional
e não aquela morte cruel,
a qual foi um crime e um pecado.
São Paulo diz que Jesus foi
fiel e obediente até à morte de cruz (Flp 2, 8).
Foi a sua paixão
pela pregação do Evangelho
e por fazer a vontade de Deus,
o que vos agradou verdadeiramente
em Jesus Cristo.
De facto, apesar de se aperceber que o iam matar,
Jesus não começou a desdizer-se.
Pelo contrário,
continuou fiel à sua missão,
ao ponto de se sujeitar a uma morte injusta,
apesar de ser o mais inocente dos homens.
Glória a Vós Deus Santo,
pois sois amor e nada mais que amor.
Com uma saudação muito amiga
Calmeiro Matias
1 comentário:
Fazemos a expereriência Pascal com um sorriso Enorme no coração e nos lábios, em comunhão com Jesus, o Cristo, na medida em que saboreamos a Grandeza da herança que ele próprio nos deixou ao "expirar" (cf Lc 23, 46) para todos o Espírito Santo.
A partir da Sua Passagem, somos possibilitados a agir inspirados na pela própria acção Amorosa de Deus na medida em que formos abandonando os nossos critérios "mesquinhos" e "egoistas" e deixemos esse mesmo Espírito, que animou Jesus, moldar as nossas atitudes.
Por vezes, na entrega profética e evangelizadora, sentimo-nos humanamente injustiçados, mesmo por aqueles que connosco fazem comunidade e, assim, Igreja. Porém, pela maravilha da experiência Pascal da fidelidade de Jesus, temos a certeza de que Deus sempre foi, é e será fiel, o que nos volta a colocar mãos à obra na Marvilhosa e Apaixonada entrega ao Evangelho de Jesus.
"Graças Bom Deus, por seres o que És"
Obrigado querido Pe. Santos...
Beijinhos e Abraços em Cristo, o Vitorioso Redentor.
Rita e Marco JR (Damaia)
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