Nós sabemos que as relações interpessoais são essenciais para a realização das pessoas humanas.
Isto quer dizer que a qualidade da nossa realização pessoal depende da qualidade das nossas relações interpessoais.
Foi esta a razão pela qual Jesus nos deu o mandamento do amor, o caminho válido para atingirmos a felicidade.
O dinheiro, o poder ou o prazer, apesar de não serem coisas essencialmente más, não são a fonte da felicidade.
Estas realidades são válidas na medida em que sirvam o amor e a fraternidade.
Jesus ensinou-nos de modo muito claro que a felicidade só pode atingir-se mediante o amor.
Eis o que Jesus diz no evangelho de São Marcos:
"Amarás ao teu próximo como a ti mesmo, disse Jesus. Não existe outro mandamento maior do que este" (Mc 12, 31).
No evangelho de São João Jesus apresenta-se a si mesmo como a medida do amor:
"É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei" (Jo 15, 12).
As relações humanas são realmente a arte e a dinâmica da humanização dos seres humanos.
Para construirmos relações de fraternidade é importante evitar alguns defeitos e cultivar algumas qualidades fundamentais.
Deus Santo, neste momento tenho presentes alguns desses defeitos a evitar, bem como de algumas qualidades a cultivar, a fim de melhorar a qualidade das minhas relações e, portanto, a qualidade da minha realização pessoal:
*Não pretender saber tudo e pensar que os outros não sabem nada.
*Ajuda-me a não esquecer-me de que a humildade cativa as pessoas e, portanto, é o melhor caminho para fazer amigos.
*Não pretender sobrepor-me aos outros, desvalorizando-os ou humilhando-os.
*Para construir fraternidade, é importante felicitar os outros pelas coisas boas que eles fazem.
*É muito importante dispender tempo com os que estão a passar por situações de sofrimento.
*É preciso ter cuidado, a fim de não alimentar os sentimentos de ódio que, por vezes, tentam emergir como ervas daninhas no nosso coração.
Neste momento recordo as palavras de Jesus no evangelho de São Lucas:
"Digo-vos a vós que me escutais: amai os vossos inimigos e fazei bem aos que vos odeiam.
Abençoai os que vos amaldiçoam e rezai pelos que vos caluniam" (Lc 6, 27-28).
Na verdade, é quando temos a coragem de rezar pelos inimigos que começamos a libertar-nos dos sentimentos de raiva e ódio que nos tiram a paz e nos fazem girar obsessivamente sobre estas forças negativas.
Os sentimentos negativos desgastam a pessoa e diminuem as suas capacidades de concentração e as suas possibilidades criativas.
Espírito Santo, capacita-me para eu saber criar relações fraternas, afim de atingir a plenitude da vida, isto é, a Comunhão Universal do Reino de Deus.
Ajuda-me para que ninguém fique mais triste, machucado ou só por se cruzar comigo na vida.
Com uma saudação muito fraterna
Calmeiro Matias
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